Deixar de acusar

  • 10/10/2025
Deixar de acusar
Deixar de acusar (Foto: Reprodução)

Uma das maneiras mais belas, na qual podemos experimentar a salvação em Jesus Cristo, é quando Ele nos tira da estagnação produzida por memórias obsessivas.

- As obsessões escondem de nós o amanhecer e suas inerentes misericórdias.

- As obsessões negligenciam a ternura da manhã, prolongando o frio da noite.

- As obsessões são registros escavados em uma angústia que queremos controlar.

- As obsessões estão ligadas à insatisfação produzida pela incapacidade do eu autônomo de completar nossa intenção de acusar.

Sempre aparece um detalhe a mais, o qual, aperfeiçoaria a acusação. Então, quando acusamos, o fazemos com as emoções que nossa precariedade desenvolve diante de fantasias de perfeição. E tudo isso consome muito tempo e energia.

Em vez disso, a estrela da manhã, enviada pela claridade das galáxias, nos lembra que prontamente a aurora está chegando, o primeiro sorriso da misericórdia diária. Enquanto isso, o coração bate ao som de uma canção que nos diz que o primeiro gesto de amor que recebemos provém de Deus Pai, que nos ama tanto quanto ao seu único Filho.

Por isso, adiar a escuta da Palavra é uma torpeza que nos esconde a manhã, deixando espaços preenchidos pelo ruído das obsessões. Ocorre um esforço que tenta compor um labirinto de justificativas que consomem todas as forças de uma história imaginária.

Acusar o outro exige apontar, torná-lo visível, distingui-lo negativamente dos demais e infligir à vítima punições refinadas do mais recente manual de tortura. Acusar apaga os silêncios com sórdidas argumentações.

Em vez disso, quando evitamos o julgamento e conseguimos renunciar a acusação, com a ajuda do Espírito Santo, uma luz me invade, uma emoção agradável percorre nosso peito e três sorrisos brotam em meu rosto. O espelho mostra um rosto distensionado tentando se assemelhar ao seu Senhor. Assim acontece quando deixamos de acusar e aceitamos a oferta de salvação.

_____________________

Texto de Carlos José Hernández (médico psiquiatra, doutor em medicina) e Clarice Ebert (psicóloga - CRP08/14038, terapeuta familiar e de casal, mestre em teologia).

 

Clarice Ebert (@clariceebert) é psicóloga (CRP0814038), Terapeuta Familiar, Mestre em Teologia, Professora, Palestrante, Escritora. Sócia do Instituto Phileo de Psicologia, onde atua como profissional da psicologia em atendimentos presenciais e online (individual, de casal e de família). Membro e docente de EIRENE do Brasil.

* O conteúdo do texto acima é uma colaboração voluntária, de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

Leia o artigo anterior: O exercício da crueldade do poder: No real e no imaginário

 

FONTE: http://guiame.com.br/colunistas/clarice-ebert/deixar-de-acusar.html


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